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Aumento Massivo de Atividades Maliciosas no Brasil

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Aumento Massivo de Atividades Maliciosas no Brasil: O Que Está Por Trás da Escalada de Ataques em 2025?

O cenário de cibersegurança no Brasil nunca esteve tão crítico. No primeiro semestre de 2025, o país registrou um salto impressionante nas atividades maliciosas, confirmando sua posição entre os principais alvos de cibercriminosos no mundo. Segundo dados recentes do FortiGuard Labs, foram contabilizadas 314,8 bilhões de ações maliciosas direcionadas ao Brasil apenas nos primeiros seis meses do ano — um número que assusta e exige atenção imediata.

Mas o que explica esse crescimento tão expressivo? E, mais importante: como as empresas podem se proteger?

Vamos entender essa escalada e os riscos envolvidos.

O Brasil sob ataque: os números que preocupam

Nos últimos anos, o Brasil tem se transformado em um dos epicentros de ataques digitais por três fatores principais:

1. Alta digitalização e baixa maturidade em segurança

Empresas de todos os portes aceleraram sua transformação digital, mas nem sempre acompanharam com investimentos equivalentes em segurança. Isso cria brechas ideais para ataques.

2. Exposição crescente de dispositivos

A ampliação do uso de cloud computing, APIs, home office e sistemas interconectados ampliou a área de ataque.

3. Atração econômica para criminosos

O Brasil tem uma das maiores economias digitais da América Latina, o que atrai grupos especializados em ransomware, roubo de dados e golpes financeiros.

O resultado é um ambiente vulnerável, onde botnets, ransomware, tentativas de invasão e malwares avançados são detectados em escala industrial.

Tipos de ataques que mais cresceram

Entre as 314,8 bilhões de atividades maliciosas identificadas, os tipos mais recorrentes incluem:

🔸 Ransomware (principal ameaça corporativa)

Em 2025, o Brasil vive um dos maiores picos de ransomware já registrados. Grupos como Babuk e MedusaLocker estão entre os mais ativos.

🔸 Botnets e ataques distribuídos (DDoS)

Redes zumbis são usadas para derrubar serviços, roubar credenciais e espalhar malware.

🔸 Malware de roubo de informações

Criminosos usam infostealers para coletar logins, cookies, dados financeiros e acessos a sistemas corporativos.

🔸 Exploração de vulnerabilidades

Ferramentas e softwares desatualizados seguem sendo porta de entrada para ataques sofisticados.

Por que as empresas brasileiras estão mais expostas?

Além dos fatores estruturais, alguns comportamentos amplificam a vulnerabilidade:

  • Uso de sistemas desatualizados

  • Falta de políticas de backup ou backup mal configurado

  • Ausência de monitoramento contínuo

  • Treinamento insuficiente dos colaboradores

  • Terceirizações sem critérios de segurança

Muitos ataques recentes começaram com algo simples como um e-mail de phishing, uma senha fraca ou um sistema desatualizado.

Como proteger sua empresa desse cenário?

Com o aumento massivo das atividades maliciosas, reforçar a segurança digital deixou de ser opcional. Aqui estão medidas essenciais:

1. Implementar camadas de proteção

Firewall, antivírus corporativo, EDR/XDR e proteção de e-mail são fundamentais.

2. Realizar backups frequentes e protegidos

Estratégias como backup 3-2-1 evitam que ataques de ransomware destruam dados críticos.

3. Treinar colaboradores

A conscientização reduz até 80% dos ataques baseados em engenharia social.

4. Monitoramento contínuo

Serviços de SOC ou monitoramento ativo detectam ataques em tempo real.

5. Atualizações e gestão de vulnerabilidades

Softwares desatualizados são um dos maiores vetores de ataque no Brasil.

Conclusão: o momento exige ação imediata

O aumento de mais de 300 bilhões de atividades maliciosas no primeiro semestre de 2025 não é apenas um alerta — é um sinal claro de que estamos vivendo uma onda sem precedentes de ciberameaças. Empresas que não investirem em segurança agora correm risco real de sofrer prejuízos financeiros, reputacionais e operacionais.

Com planejamento, tecnologias adequadas e orientação especializada, é possível transformar esse cenário de risco em uma vantagem competitiva.

Por Dário Brito

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