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CIBERSEGURANÇA COMO PARTE DA ESTRATÉGIA DO NEGÓCIO.

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Vivemos em uma era onde a tecnologia não é mais uma ferramenta secundária, mas sim o coração de muitas operações empresariais. Não importa o tamanho do negócio, se qualquer atividade é realizada online — seja para vendas, atendimento ao cliente ou simples troca de informações — a necessidade de proteção contra ameaças cibernéticas torna-se inquestionável. A cibersegurança deixou de ser uma preocupação exclusiva de grandes corporações e passou a ser uma prioridade para qualquer organização que deseje operar de maneira segura e sustentável.

O tipo e a dimensão da proteção necessária podem variar, dependendo do porte do negócio, mas o fato é que nenhuma empresa está isenta dessa responsabilidade. Por exemplo, um pequeno quiosque de lanches pode não lidar com grandes volumes de dados sensíveis, mas seus funcionários precisam ser orientados sobre práticas seguras para evitar golpes ou vazamentos de informações básicas, como senhas de contas bancárias ou perfis de redes sociais do negócio. Para clínicas médicas e hospitais, no entanto, a exigência é muito maior: além de protegerem dados extremamente sensíveis, como históricos médicos, devem cumprir rigorosamente a legislação, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), e seguir os padrões estabelecidos pela Organização Nacional de Acreditação (ONA).

Já no caso das empresas de médio e grande porte, a proteção de borda e proteção contra artefatos maliciosos (vírus de computador), por meio de firewalls e outras ferramentas de segurança, torna-se indispensável. Esses equipamentos ajudam a proteger o ambiente digital contra acessos não autorizados e ataques maliciosos, ao mesmo tempo em que garantem conformidade com legislações como o Marco Civil da Internet e a LGPD. Mais do que uma obrigação legal, essas medidas são fundamentais para proteger os dados corporativos e preservar a reputação da empresa em um mercado cada vez mais competitivo.

Cibersegurança, portanto, não é apenas uma questão técnica. Ela é parte essencial da estratégia de qualquer negócio moderno. Nos próximos tópicos, exploraremos como diferentes setores podem integrar medidas de segurança digital em suas operações diárias, transformando a cibersegurança em um elemento central para a continuidade e o sucesso do negócio.

CIBERSEGURANÇA COMO PARTE INTEGRANTE DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E OPERACIONAL

A segurança cibernética não deve ser tratada como uma preocupação isolada ou relegada apenas ao departamento de TI. Em um mundo cada vez mais digital, ela precisa ser incorporada ao planejamento estratégico do negócio e estar presente no dia a dia de todas as operações. Assim como o marketing define como a empresa se posiciona no mercado e o financeiro estabelece como os recursos serão alocados, a cibersegurança deve delinear como os dados e os sistemas serão protegidos contra ameaças que podem comprometer a continuidade das operações.

No nível estratégico, é essencial que a alta gestão compreenda que a segurança cibernética não é apenas um custo, mas um investimento crítico. Um plano de cibersegurança bem estruturado reduz os riscos de ataques, protege ativos valiosos e fortalece a confiança de clientes, parceiros e fornecedores. Empresas que incluem a segurança da informação em suas decisões estratégicas conseguem mapear os riscos cibernéticos em alinhamento com seus objetivos de negócios, integrando medidas de proteção desde o início de novos projetos, como o lançamento de um serviço online ou a entrada em novos mercados.

No cotidiano, a cibersegurança deve estar presente em todas as atividades da organização. Isso significa adotar práticas seguras em tarefas aparentemente simples, como o envio de e-mails, o compartilhamento de arquivos e o acesso a sistemas internos. A implementação de controles básicos, como autenticação multifator, restrições de acesso por hierarquia e treinamento contínuo de funcionários, garante que a proteção não fique apenas no papel.

Equipes de segurança da informação devem atuar de forma proativa, monitorando vulnerabilidades, analisando incidentes e atualizando protocolos conforme novas ameaças surgem. A rotina de segurança cibernética não deve ser vista como um obstáculo, mas como uma ferramenta para habilitar o crescimento sustentável da empresa. Ao alinhar a cibersegurança com o planejamento estratégico e integrá-la nas operações diárias, as organizações criam um ambiente mais resiliente, preparado para enfrentar os desafios do mundo digital.

FRAMEWORKS: A BASE PARA UMA SEGURANÇA CIBERNÉTICA EFICAZ

Para que a segurança cibernética seja eficaz, é indispensável que as ações adotadas sejam guiadas por frameworks consolidados. Esses frameworks funcionam como estruturas organizacionais que definem diretrizes, processos e controles a serem implementados para garantir a proteção das informações e a continuidade do negócio. Além de proporcionar um caminho claro para a implementação de medidas de segurança, frameworks permitem que as ações sejam registradas, monitoradas e auditadas, garantindo a conformidade com regulamentações e a possibilidade de melhorias contínuas.

Um exemplo amplamente utilizado é a ISO 27001, uma norma internacional que organiza as ações de segurança em torno de 93 controles distribuídos em categorias como controles tecnológicos, organizacionais e de pessoas. Ela estabelece requisitos para a criação, implementação, manutenção e melhoria contínua de um Sistema de Gestão de Segurança da Informação (SGSI), ajudando as empresas a identificarem e mitigar riscos cibernéticos com base em suas necessidades específicas. Além de proteger os ativos da organização, a adoção da ISO 27001 demonstra comprometimento com a segurança da informação perante clientes, parceiros e órgãos reguladores.

Outro exemplo prático é o BluePex Cybersecurity Framework, que se destaca por oferecer uma abordagem acessível e adaptável para empresas de diferentes portes. Ele aborda a cibersegurança de forma holística, englobando nove domínios fundamentais, como gerenciamento de firewall, antivírus, controle de acessos e backup, além de promover a educação continuada dos colaboradores. Esse framework é especialmente útil para empresas que, mesmo sem uma equipe de segurança interna robusta, necessitam de uma estrutura confiável e auditável para proteger seus sistemas e dados.

Além de fornecer orientações técnicas, frameworks como o da ISO 27001 e o da BluePex estabelecem uma base documental que registra todas as ações realizadas, facilitando auditorias e análises de conformidade. Isso é particularmente importante para organizações que precisam atender a legislações como o Marco Civil da Internet e a LGPD, onde a rastreabilidade das ações é essencial para demonstrar que as informações estão sendo tratadas adequadamente.

A adoção de frameworks proporciona diversos benefícios, como maior confiança de clientes e parceiros, melhor gestão de riscos e a integração da segurança cibernética às estratégias de negócios.

Abandonar improvisações e adotar uma estrutura fundamentada alinha as ações de segurança às necessidades do negócio, orienta o que deve ser feito, fornece parâmetros para medir a eficácia das ações e permite melhorias contínuas. Mais do que um conjunto de práticas, frameworks são o alicerce para uma segurança cibernética eficiente, estratégica e integrada ao negócio, construindo uma cultura sólida de proteção e resiliência organizacional.

SEGURANÇA CIBERNÉTICA É CAMPO VASTO PARA ATUAÇÃO PROFISSIONAL

Dada a crescente relevância da segurança cibernética para as empresas de todos os portes e setores, esse campo se apresenta como uma oportunidade significativa tanto para empreender quanto para intraempreender. À medida que a transformação digital avança, a demanda por soluções robustas de proteção de dados e sistemas cresce exponencialmente, abrindo espaço para a inovação e o desenvolvimento de serviços especializados.

Empreender na segurança cibernética significa estar à frente, identificando lacunas no mercado e oferecendo soluções que atendam às necessidades específicas das empresas. Seja desenvolvendo ferramentas de proteção, consultorias especializadas ou implementando frameworks como a ISO 27001 e o BluePex Cybersecurity Framework, há uma ampla gama de possibilidades para criar negócios sólidos e alinhados às demandas atuais.

Intraempreender — ou seja, inovar e liderar projetos dentro da organização em que você já atua — é igualmente promissor. Compreender a importância estratégica da segurança cibernética permite que colaboradores se destaquem ao propor melhorias, implementar soluções de proteção e alinhar as práticas de segurança aos objetivos do negócio. Essa abordagem não apenas contribui para o crescimento da organização, mas também fortalece a carreira do profissional.

Entretanto, tanto para empreender quanto para intraempreender na área de segurança cibernética, é imprescindível estar bem-preparado. Isso requer estudo contínuo e um conhecimento robusto das tecnologias, normas e melhores práticas. Além disso, habilidades interpessoais, como a capacidade de construir relacionamentos, são cruciais para colaborar com equipes, negociar com stakeholders e implementar mudanças com sucesso.

A capacidade de aprendizado também se destaca como essencial, já que o cenário de ameaças evolui rapidamente e exige adaptação constante. Por fim, a organização pessoal é indispensável para gerenciar projetos complexos, acompanhar prazos e garantir que as ações sejam executadas com eficiência.

A segurança cibernética não é apenas um campo técnico, mas também estratégico e humano. Aqueles que se dedicarem a compreender e dominar esse universo terão não apenas a oportunidade de contribuir para a proteção de empresas e pessoas, mas também de construir carreiras sólidas e realizar empreendimento bem-sucedidos em um dos setores mais críticos da atualidade.

FONTE: Fernando Bryan Frizzarin.

https://www.linkedin.com/pulse/ciberseguran%C3%A7a-como-parte-da-estrat%C3%A9gia-do-neg%C3%B3cio-bryan-frizzarin-cygme/?trackingId=i99WnQ%2FmQXiIMiLqRApBTw%3D%3D